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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dream On Girl...



Impressionante como somos formiguinhas. O Mundo é uma bola gigante que daqui a pouco cai com o peso dos sonhos humanos. Os meus vão pesando bastante, mais do que deviam e mais do que eu consigo suportar.
O fim do ano traz-me muitas sensações assustadoras, eleva-me ao futuro em fracções de segundos que passam no meu dia e deixa-me assim...nostálgica, ansiosa.
A tia São dizia a todos os meus namorados quando os conhecia: "Tens de ter muita paciência rapaz, ela é insaciável". Sou mesmo. Quero, quero,quero... Às vezes penso que muitas das coisas más que me acontecem são fruto disso..de tanta vontade de sugar o Mundo, como se estivesse a pagar por algo que ainda nao consegui agarrar. É uma luta constante o esforço que faço para deixar de querer, mas a vontade de ver tudo é imensa, de ver, de cheirar, de sentir, de provar.
Engraçado como a maioria das coisas me passa ao lado assim como a Economia ou a História do País...sou fraquinha no que toca a cultura, sou mais esperta e perspicaz do que sou inteligente. Nao quero ver o Mundo para mudar isso, nao conto ficar mais inteligente ou mais apetitosa culturalmente.
A ideia é saciar o que sinto, é cansar-me de querer, é preencher os vazios que sinto. Vazios que se enchem quando viajo, seja desde casa até à esquina, desde Portugal até África. Vou navegando em pensamento enquanto o Mundo me espera, sinto de certa forma que ele precisa de Mim como eu dele, como houvesse um elo maior a forçar esta relação injusta. Como se eu precisasse de estar em todo o lado, ao mesmo tempo... Que cansaço.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nós e Eles




Se isto fosse um texto de Carrie Bradshaw o título provavelmente seria "Why do Men Cheat?"
Uma vez que a autora é um pouco diferente, mais gorda e com menos sapatos no armário, o texto pode perfeitamente chamar-se ..."There´s no Why. They simple do."

Considero que conheço bem as mulheres e todos os seus defeitos e manhas, ou não fosse eu uma das mais complicadas da espécie. Considero também que conheço a outra raça, a mais "descomplicada", ou melhor...menos complexa, mais básica.
Mas todo esse  suposto conhecimento de causa não me leva a bom porto quando começo a questionar muitas vezes o porquê de algumas atitudes (nossas e deles). Gostava de descortinar porque raio a TPM não abrange os dois sexos, porque temos rituais dolorosos como a depilação ou os nuances no cabelo, já para não mencionar a pressão de estar sempre com bom ar. Mas isso são coisinhas, o pior são as coisonas! Orgulho-me de dizer que não tenho um grupo fixo de amigos, mas sim pessoas muitas distintas entre elas que fui guardando no meu caminho. Grande maioria são homens portanto fui crescendo bem perto dos seus pontos de vista e motivações, algumas que me orgulham, outras que me desiludem redondamente. Mas aceito. Aceito porque tudo aquilo que eles são e fazem, ao contrário das mulheres, é extremamente genuino. O homem faz o que lhe apetece, aquilo que o seu pénis manda, que a sua cabeça pede, e infelizmente às vezes até faz o que alguém o desafia para fazer, perdendo aí um pouco da sua personalidade. Por mais que eu adore essa crueza deles, confesso que às vezes a confundo com imaturidade perpétua, visto achar que isso os acompanhará para toda a vida.
Mas fora pormenores tristes, adoro os homens. Adoro a forma como se movem em manada e como se sentem felizes com isso, sendo nessa altura aquela em que podem ser eles mesmos, com todas as piadas de grupo e piropos que não existiriam se a espécie estivesse dispersa. Sozinhos são uns fofinhos, cheios de inseguranças e cavalheirismos, cheios de boas maneiras e truques que eles acham que nós não conhecemos.
Nós somos umas espertalhonas natas que sabemos sempre o que vem dali, o que vai ser dito perante situação X ou até o que fazer para lhes sacar um sorriso ou um palavrão. Não digo isto como valorização da especie feminina, digo-o porque infelizmente parace que algo nos forçou a ficarmos assim, cabras frias e sem coração. Terá sido pela demora da emancipação? Pela quantidade excessiva de casos de traição associados maioritariamente aos homens? Pela percentagem desigual relativamente à violência doméstica? Seja pelo que for...é inevitável ficar triste com a perda de pureza, de veracidade e pela ausência de sentimentos que às vezes nos toma. Chego a pensar que, se fossemos mesmo verdadeiras, sem truques, simplesmente apaixonadas sem nada na manga...poucos teriam a coragem de maltratar tais princesas. Poucos teriam os tomates para o fazer em consciência.

sábado, 20 de novembro de 2010

O final de uma relação exige muito de nós, tanto quanto exigiu o seu inicio. A dedicação deverá ser ainda mais extrema pois a ideia é não deixar pontas soltas que possam voltar a magoar-nos futuramente.
O final é dotado de muitas dúvidas e questões, de muitas misturas de sentimentos, e ficamos sempre sem saber como agir, "devo ficar ressentida com as coisas más ou feliz com as boas"? Apesar do nosso coração ser enorme, às vezes não cabe lá tudo, ás vezes está cheio demais, ás vezes está ferido, ou...ás vezes só queremos deixá-lo em paz para sarar depressa.
Actualmente as pessoas passam na vida umas das outras como se tudo se baseasse numa estadia de fim-de-semana. A minha pergunta é, o que fazer com os outros 5 dias da semana? Porque é que hoje em dia ninguém confia em ningém, ou porque é que hoje em dia as pessoas não se deixam simplesmente gostar por outras?
É assustadora a velocidade com que as pessoas se separam e pior, a naturalidade com que tudo acontece, como se o propósito inicial daquilo tudo fosse mesmo isso, o fim. Eu própria já coloquei algumas relações assim nesse campo, sem grandes esperanças e sem objectivos de maior, mas, nós mulheres chegamos a uma altura em que queremos mais. E não falo de mais futilidades ou mais uma aliança no dedo...falo de mais transparência, de mais conhecimento do outro, de mais cumplicidade. O problema é que tudo isto só se torna viável se forem dois a querer. Um não chega.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Bem, recebi uma crítica frontal que me fez parar e repensar neste blog. Está realmente um pouco obsessivo-deprimente :) e depois de muitas voltas na minha cabeça, ACORDEI e percebi que nem é muito a "minha cara"...Posto isto minha gente, adeus! Depois deste último post que se segue (bem depressivo para não variar) digo adeus. Este blog destruir-se-à dentro de 24h (ou mal tenha tempo..) e dará lugar a algo mais parecido comigo. Nestas fases de sensibilidade feminina cometo muitas gafes e esta foi mais uma,sorry.

Last Post:

Aqui estou eu no teu Mundo. Aqui o mar é de prata e a areia parece um cenário intocável digno de uma longa metragem, previamente escrita "lamechosamente" por Nicholas Sparks.
Neste Mundo as pessoas são iguais e as formas de vivência não fogem à regra, mantendo certos padrões que me assustam e me fazem às vezes querer fugir.
Até que ponto realidades diferentes conseguem encontrar o equilibrio para o convívio conjunto, para algo sustentável a nível futuro?
Ah,pois...no teu Mundo isso não existe, porque as diferenças são mesmo isso, diferenças. E o que não é igual a nós, acaba muitas vezes por nos parecer errado.
Aqui estou eu no teu Mundo. Aqui o mar é de prata e as fotos na parede nada me dizem. Aqui, a sobriedade sobrepõe-se à irreverência daquilo que respiro, os valores parecem-me forçados e não congruentes; é assim porque toda a gente pensa assim, vive assim, morre assim.
No teu Mundo as pessoas não se desligam de quem já não gostam, assumindo precisamente aquilo que é esperado em redor, aquilo que fica bem.
No teu Mundo existes tu. Tentas a enorme custo demonstrar que não compactuas e não concordas com todos; tentas até de certa forma esconder pormenores, apenas pelo receio do meu silêncio constrangedor.

Olá, este é o meu Mundo. Aqui o mar nem sempre é de prata, esse fica longe e nem sempre se visita.
Aqui o coração fala mais alto porque nada deve à vergonha ou ao status social. No meu Mundo a ausência de estabilidade, dinheiro, calma e hipocrisia são uma constante.
No meu Mundo estão apenas "os importantes", aqueles que merecem, não aqueles que já mereceram. No meu Mundo escolho acreditar que o teu possa entrar; a mesma certeza vacila quando penso se pode ou não permanecer. Imagino a tua vida cheia de etapas e projectos realizados, com 1001 ainda por concretizar. Imagino-a a abarrotar de pessoas, pessoas com lugar de 1ªfila e que pouco espaço deixam a quem chega por último.
Vou dizer-te um segredo...não receio.
Não receio quem está, ou esteve ou estará, receio sim, a possibilidade de estar a perder o meu tempo, o meu melhor tempo com ideias descabidas que me fazem questionar se algum dia olharás "para a frente" comigo e não contigo próprio.
Receio sim, sentir que me possas ver como mais um dos teus projectos, no qual apostas e valorizas...e penso se, tal como os outros que te são inerentes, acabarei um dia na prateleira dos "Concluídos".
Não é o fim que me assusta, esse é certo...é todo o desenrolar da história e aquilo que representa para ti.
É Domingo, a chuva cai no teu Mundo enquanto te perdes no sofá com milhões de papéis. Elton John dá um toque de calma à sala enquanto escrevo e te observo em simultâneo, enquanto reflito sobre o quanto te quero em mim...se muito, se pouco, se nada.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

The New Me

Reparei há dois minutos atrás que mudei.
Eu sou a nova Magnoria, aquela que veio de mansinho e que se alojou bem dentro da "Outra", da velha ,da mais problemática.
Vim supostamente para ficar e combater todos os erros e nodoas da "Outra", fazer com que eu e "Ela" sejamos felizes mesmo sendo apenas a minha vontade a prevalecer. Maturidade, dizem os sábios. Chama-se maturidade quando efectivamente crescemos. Chama-se maturidade quando o nosso coração é vencido pela razão vezes demais e quando achamos que somos pequenos neste mundo gigante, de gigantes.
Maturidade é saber querer algo e  lutar por isso, com a cabeça para cima, e mesmo sabendo que a Guerra nao é nossa, muito menos a Vitória. Encarando tudo com muita dignidade, o jogo limpo é importante de se manter.
Maturidade ...nao sei se te amo. Contigo não grito nem esperneio e muito menos tenho direito a crises emocionais. Viver contigo é muitas vezes cruel, muitas vezes sufocante pela quantidade de hipocrisia que exiges de mim.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Home Sweet Home

Pretendia que o primeiro texto oficial fosse algo de uma emotividade positiva que contagiasse toda a gente. O meu problema/defeito, é não conseguir mentir ou esconder ou fingir.

Hoje não é um bom dia. O Sol evaporou-se e sinto frio aqui ...As saudades aplicam-se maioritariamente ás pessoas mas as que me apertam agora o peito são saudades de algo físico, algo imaterial, sem alma e que neste momento está tão desprovido de vida como o meu coraçãozinho. Rua Visconde de Setúbal nº331 3º Drt -4200 Porto.
Deixei-a. A quantidade de caixas à porta e o pó que pairava no ar estavam a partir-me aos pedaços; todas as minhas coisas empacotadas, todas as minhas roupas, molduras,trapos, memórias, lembranças. A casa absorveu tudo de mim, tudo que a deixei levar, até mesmo o que tentei esconder mas que ela, esperta como tudo, conseguiu arrancar. Não esqueço a chuva lá fora e o cão lá dentro comigo enquanto as paredes me enchiam a cabeça e o corpo, de vitórias e conquistas e desilusões e vitórias e conquistas...
Preciso do ar que me davas e de toda aquela liberdade onde podia ser e fazer, cantar e chorar, viver e às vezes morrer. Sinto-te a falta.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Todos os anos o Outono chega. Sinto-o sempre como um reçomeço, como um ponto de viragem que aspira a um novo início.
Decidi criar o "Magnoria a Céu Aberto" como forma de expressão pessoal. A melhor coisa do Mundo é ter uma caixinha mágica ligada a um modem, que me permite fazer dela o meu saco do lixo, o meu saco de boxe, a minha caixa de segredos, de alegrias, de confusões que ás vezes me assombram a alma. Melhor do que isso, poder partilhar algo que ás vezes me parece tão obscuro dá-me sempre a sensação de não estar sozinha. Eu detesto estar sozinha.
Adiante...a melhor maneira que encontrei para o meu texto de apresentação foi pedir a alguém que o escrevesse. Alguém que conseguisse abstrair-se das coisas boas que dizemos às pessoas quando as queremos agradar, alguém objectivo, imparcial. As auto-avaliações não são o meu forte, portanto pedi á Silvia (que mais tarde terão o prazer de conhecer) que tentasse mostrar a Magnoria na sua mais pura transparência... Silvia, ninguém teria feito melhor. Obrigada.

 ..."esta é uma fotografia tua em palavras, muito incompleta. Há sempre tanto para falar sobre ti...
Não és de trato fácil Catarina... Os teus sorrisos escondem mil e um segredos e o fel que carregas nem sempre ajuda a entender-te. Á primeira vista, sofres de uma sublime futilidade que cria barreiras e o toque de mimalhice atordoa. Mas na verdade, tudo isso entra em profundo equilíbrio com a tua doçura única que só os mais sortudos conhecem, com o teu jeito sábio e com o teu ombro que carrega qualquer peso de um amigo. Qualquer um que não te conheça é incapaz de adivinhar a guerreira que és e o coração enorme que tens. Porque nesse teu género de "I really don't give a fuck", sempre com uma imagem impecável e nariz ligeiramente empinado, sobressai por vezes, entre as fendas da máscara, uma menina sonhadora e cheia de pozinhos mágicos,  que acolhe todos os animais que conseguir porque não suporta vê-los uma noite que seja ao relento, que move pessoas para conseguir dar um doce aos meninos de rua na Páscoa, que dá o tecto aos amigos, mesmo quando precisa dos seus momentos de solidão, que chora por não conseguir fazer mais... E eu sorrio a cada sucesso teu, lamento cada desespero fico babada que nem uma amiga "galinha" por cada barreira que derrubas e a quase todos os outros seria intransponível... Há pessoas que nasceram para ser grandes Magnoria, e tu, indiscutivelmente e irremediavelmente, estás nessa lista! Mas Shiuuu, isto é um segredo nosso. Let them think that you really don't give a fuck  ;) "